Obras de expansão da CMPC vão gerar 7 mil empregos

O projeto de ampliação da planta da CMPC Celulose Riograndense, localizada em Guaíba, já está em desenvolvimento. O presidente da empresa, Walter Lídio Nunes, recorda que a iniciativa deverá ser concluída em meados de 2015. O executivo adianta que o número de trabalhadores crescerá gradativamente no decorrer das obras e que o pico de geração de postos de trabalho diretos deverá atingir em torno de 7 mil pessoas na metade do próximo ano.

Jornal do Comércio 21/05/13

O empreendimento global absorverá um investimento de aproximadamente R$ 5 bilhões. Atualmente, a capacidade de produção da planta é de até 450 mil toneladas de celulose e de 60 mil toneladas de papel ao ano. Com a expansão, a fábrica chegará a 1,75 milhão de toneladas e, com possíveis otimizações do complexo, será possível alcançar quase 2 milhões de toneladas de celulose. A capacidade de produção de papel permanecerá igual.

No momento, a empresa conta com 213 mil hectares de base florestal, sendo que, desse total, 81 mil hectares são áreas de preservação ambiental. Nunes admite que a companhia talvez tenha que utilizar mais espaço para atender à necessidade de matéria-prima com a ampliação. Contudo, ele adianta que não será algo de grande porte e, sim, uma espécie de ajuste, e será feito através de parcerias com produtores rurais.

Conforme o dirigente, no começo do mês de maio, eram cerca de 600 pessoas trabalhando na terraplanagem e em obras básicas como tubulações, entre outras. Ele acrescenta que a CMPC pretende focar na contratação de mão de obra local. Para isso, através de um convênio firmado com os governos estadual e federal e o Senai, o grupo apoia processos de qualificação profissional.

Nunes informa que há dez centros de formação de mão de obra distribuídos por vários municípios localizados a até 60 quilômetros de distância da unidade de produção. Essa medida foi adotada pois nesse arredor é possível deslocar as pessoas pela manhã através de ônibus para que elas possam retornar às suas residências à noite. Entre outras vantagens, essa prática descarta a necessidade de instalação de alojamentos. Além das oportunidades criadas com a construção da planta, a operação do complexo também abrirá novas vagas. Hoje, são cerca de 2,85 mil postos de trabalhos diretos, entre próprios e terceiros, e mais 11,4 mil indiretos. Com a expansão, esses números passarão para, respectivamente, 4,1 mil e 17,1 mil. O projeto de ampliação da planta de celulose é um dos maiores empreendimentos em desenvolvimento hoje no Rio Grande do Sul.

Nunes começou sua carreira como estagiário de Engenharia no tempo que a unidade de Guaíba era administrada pela Borregar, na década de 1970. Após passagens pela Aracruz e Fibria (fusão entre Aracruz e VCP), o executivo foi convidado a presidir o braço gaúcho da CMPC, que retomou o projeto de expansão.

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