Empresários assinam pré-acordo para a Plataforma Logística de Canoas

Multimobilidade potencializa economia pelo parque empreendedor

O Prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PT), recebeu a construtora Mascarenhas no último dia 5 no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do município. A empresa, que tem mais de 300 mil metros quadrados de obras em logística prontas e em andamento em outros estados, agora divulga investimentos no Sul.

As obras darão forma à Plataforma Logística e Industrial de Canoas, que na oportunidade ganhou assinatura do termo de pré-acordo com a Prefeitura. No evento, ainda, o grupo M.Stortti apresentou os estudos de viabilidade econômica para o projeto. Retorno financeiro garantido e eficiência em sustentabilidade foram alguns dos atrativos que trouxeram a Mascarenhas como investidora para a viabilidade do empreendimento.

De acordo com o Prefeito Jairo Jorge, parques como esse irradiam energia para o desenvolvimento econômico e social da região. “O cenário mudará e em poucos anos estaremos vivenciando outra realidade”, completa.

O empreendimento integra o projeto PLB – Plataforma Logística Brasil, a ser implementado pela Mascarenhas também em Belo Horizonte, Goiânia e Recife. “É um conceito inédito”, diz Luiz Fernando Pires, presidente da empresa.

A plataforma reunirá em uma única área todas as atividades voltadas ao transporte. De uma estrutura eficiente e disponível para as empresas do segmento a um hotel econômico, os arquitetos prevêem posto de gasolina, estacionamento, shopping abastecido pela indústria relacionada, tratamento de efluentes, subestação de energia, parque tecnológico e fluidez efetiva aeroviária, hidrográfica e rodoviária.

“O foco é a multimobilidade, baseado em um conceito já desenvolvido na Espanha”, destaca o diretor da M.Stortti, Maurenio Stortti. Em números, são 73 hectares, R$ 379 milhões envolvidos e 3.120 empregos diretos.

M.Stortti no Parque Assis Brasil

A M.Stortti Consultores Associados foi contrata pela Farsul, Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) e Sindicato das Indústrias de Máquinas Agrícolas do Estado (Simers) com o objetivo de realizar um diagnóstico do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Assim, oferecer ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul sugestões de modelagem econômica referentes, em especial, ao fluxo de pessoas e negócios movimentados em dias de feiras e eventos no local.

Os estudos contatados são relevantes para as três entidades envolvidas, visto que elas representam o grande núcleo de ocupação do Parque Assis Brasil: máquinas, cavalos e equipamentos.

O potencial do fluxo de pessoas depende de uma melhoria na gestão dos negócios, o que envolve cada entidade. E, em uma parceria, Farsul, Simers e ABCCC contratam a M.Stortti.

A apresentação dos estudos foi entregue no dia 9 de julho ao Governo do Estado como uma colaboração para o desenvolvimento econômico da região.

Informe Econômico (Zero Hora) – Maria Isabel Hammes | 01/06/2012

Desenvolvimento
O desenvolvimento da Plataforma Logística de Passo Fundo recém iniciou os seus estudos de modelagem econômica e já ganha o cenário internacional. Nesta quinta (24), a revista inglesa Infra Latin America, especializada em Parcerias Público-Privadas, veicula entrevista concedida pelo secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Marcos Alexandre Cittolin, e por Maurenio Stortti, diretor da M.Stortti – empresa que apresentará um plano de negócios em seis meses. Para desenvolver a região, a prefeitura teve recursos internacionais do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Desenvolvimento 2
O grupo M.Stortti está mapeando as oportunidades, infraestrutura e geração de renda de negócios da Indústria Oceânica em São Jose do Norte. Com enfoque na sustentabilidade, trabalha com a World Urban Development, uma das mais reconhecidas ONGs internacionais para o desenvolvimento sustentável, com sede em Washington e diversos outros países. O projeto é uma parceria da Federação das Indústrias (Fiergs) e da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI) e será concluído em agosto. Por ele, São José do Norte deverá receber investimentos volumosos relacionados ao Pré-sal.

Polo Naval Gera “Ramais” Longe do Mar de Rio Grande

Empresas apostam na navegabilidade do rio Jacuí e na mão de obra de outras regiões – principalmente Charqueadas – para produzir módulos de plataformas petrolíferas

Por Pedro Pereira

O mapa da indústria naval no Rio Grande do Sul vem passando por uma importante transformação. Antes restritas ao extremo sul do estado – principalmente na cidade de Rio Grande –, as atividades do setor agora encontram campo fértil na região do rio Jacuí. Em um primeiro momento, o município que está se beneficiando diretamente deste “transbordamento” da indústria naval de Rio Grande é Charqueadas, a 56 quilômetros de Porto Alegre e a 340 quilômetros da cidade que abriga o grande porto do Estado. Os trunfos de Charqueadas são suas escolas técnicas, com capacidade para formar mão-de-obra de boa qualidade, além do fácil acesso ao mar – uma vantagem que outros municípios situados no curso do Rio Jacuí também apresentam.

Um exemplo deste fenômeno é a chegada da IESA Óleo a Gás, com sede no Rio de Janeiro. A empresa anunciou investimento de R$ 20 milhões em área que foi desapropriada pela prefeitura de Charqueadas e deve empregar 1,2 mil pessoas na fabricação de módulos para plataformas de petróleo. “Serão treinados na região engenheiros, montadores, soldadores, eletricistas e encanadores e, para isso, a empresa contará com a excelente estrutura das escolas técnicas da cidade”, aposta Valdir Lima Carneiro, presidente da empresa. Outra companhia que aposta na mão de obra de Charqueadas é a Engecampo Engenharia Industrial, que se instalará em uma área arrendada de 16 hectares, ao lado da futura unidade da IESA – onde também fabricará módulos para plataformas de petróleo. A expectativa de utilização de mão de obra é de 450 postos efetivos e 400 empregos indiretos.

Segundo o consultor Maurênio Stortti, está claro que as cidades de Rio Grande e São José continuam sendo o lugar ideal para grandes empreendimentos, que necessitam de águas mais profundas. “Grandes estaleiros precisam de condições que existem só lá. Mas o segundo produto que a Petrobras vai demandar são os módulos – e Charqueadas é propícia porque tem área [para a instalação de novas indústrias] e calado de quatro metros até Rio Grande”, explica.

Outras empresas que devem desembarcar na região são a UTC e a Tomé Engenharia. A instalação da UTC ainda depende da desapropriação de uma área que será cedida pela prefeitura. O processo de liberação do terreno obteve parecer favorável e aguarda um depósito judicial para a emissão provisória de posse. Após a conclusão do processo, a empresa investirá R$ 118 milhões e deve gerar cerca de 1,5 mil postos de trabalho. Já a Tomé Engenharia afirma interesse em investir R$ 110 milhões na edificação e adequação de uma unidade industrial. A empresa empregará 2 mil pessoas na fabricação de partes de plataformas de petróleo e unidades de processo – como componentes, equipamentos, estruturas marítimas e módulos destinados à pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e gás.

Na visão de Marcos Reis, diretor de suporte à gestão da Quip S/A, o Rio Grande do Sul está trabalhando para que a indústria naval beneficie todo o estado. Ele observa o desenvolvimento de ações semelhantes em outros pontos do Brasil – como Pernambuco, que já conta com um polo naval, e Ceará, onde há tratativas para a instalação de outro, além do já tradicional polo carioca. “A Petrobras tem uma demanda muito grande e outros estados podem vir a contar com novos estaleiros, mas esses estados que citei saem na frente”, analisa. Criada em 2006, a Quip S/A foi a primeira empresa a implementar uma plataforma no município de Rio Grande – a P-53, finalizada em 2008.

http://www.amanha.com.br/home-internas/3227-polo-naval-gera-ramais-longe-do-mar-de-rio-grande

— em Portal Revista Amanhã

Sobre a contratação para projetos de modelagem econômica

Jaime Lerner é um importante arquiteto que vem trabalhando em sintonia com a M.Stortti e outras entidades envolvidas na Parceria Público Privada – PPP para a revitalização de projetos importantes como o Cais Mauá, em Porto Alegre. Em dezembro passado também assinou contrato com prefeitura da capital gaúcha para integrar os trabalhos da “nova” Orla do Guaíba. Foi planejado o trecho da Usina do Gasômetro ao Arroio Cavalhada, já desenhado e apresentado ao Executivo

De acordo com a legislação, a Prefeitura de Porto Alegre contratou o profissional Jaime Lerner na condição de “notório saber”, dispensando concurso público para o trabalho. Em nota oficial divulgada em fevereiro, o presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil – IAB, Tiago Holzmann da Silva, destaca a referência de Jaime para a categoria. Reconhece a valiosa participação do profissional para o projeto, contudo, defende que a contratação mais adequada ainda seria o concurso público. A opinião do IAB repercutiu e foi pauta de redação da Rádio Gaúcha no programa Polêmica, em 26 de março.

A M.Stortti, que tem forte bagagem em parcerias PPP, observa que o desenvolvimento de projetos como a Orla do Guaíba e o Cais Mauá permite distintos modelos de contratação. No Rio de Janeiro, por exemplo, em cinco meses iniciam as obras que devolverão ao público o centenário Hotel Paineiras. Lá, o arquiteto contratado foi selecionado por concurso público.

O Hotel das Paineiras é ícone do Rio de Janeiro e será totalmente reestruturado para receber turistas e qualificar o acesso ao Corcovado e ao Cristo Redentor. A tempo para a Copa do Mundo, a reinauguração devolverá para a cidade carioca uma atração turística que estava abandonada há mais de 30 anos. As melhorias contemplarão uma nova arquitetura, eleita em concurso público nacional realizado em 2009 pelo IAB e o ICMBio, do Ministério do Meio Ambiente.

Com previsão de um ano para a conclusão das obras e investimentos de R$ 40 milhões, o Hotel das Paineiras se transformará em um complexo que inclui ao hotel centro de convenções, estação de transferência para o Morro do Corcovado, estacionamento, alimentação, lojas, instalação para exposições permanentes e temporárias e a recepção de eventos múltiplos. Mais que isso, é a última estação de trem que dá acesso ao Corcovado e a uma das sete maravilhas do mundo moderno, o Cristo Redentor, recebendo em média 80 mil turistas por mês.